Policiais civis da Delegacia de Estelionato e Desvio de Cargas (DEDC) prenderam em flagrante cinco pessoas integrantes de uma sofisticada quadrilha de estelionatários. A prisão ocorreu dentro do Cartório de Registro de Imóveis do Portão, em Curitiba, no momento em que o bando tentava finalizar a venda irregular de dois terrenos no litoral de Santa Catarina.
De acordo com as investigações, na tarde de quinta, os membros da quadrilha iriam com a vítima para finalizar a compra de um segundo terreno, apresentando toda a documentação falsa.
Os policiais da DEDC se deslocaram até o cartório, e no momento em que os cinco membros da quadrilha estavam fazendo a transação, os policiais adentraram no local e deram voz de prisão a todos os envolvidos, apreendendo a documentação falsa.
Segundo o delegado-adjunto da DEDC, Matheus Laiola, no início deste mês de março, compareceu à delegacia uma pessoa contando que havia sido vítima de algumas pessoas quando comprou dois terrenos na cidade litorânea de Itapoá-SC.
A venda destes terrenos foi intermediada por Maria Nely Marques Miranda, 63 anos, presa em flagrante, proprietária da Imobiliária Nely Marques, localizada no Cristo Rei, em Curitiba.
Pelo segundo terreno, a vítima pagou R$ 70 mil para a dona da imobiliária, faltando ainda mais R$ 40 mil para quitá-lo.
O terreno estava em nome de Vanderli de Oliveira, 48 anos, preso em flagrante.
No início deste ano, a vítima foi comunicada pela real responsável legal dos terrenos que ela nunca havia vendido estes terrenos. Por coincidência, a dona dos terrenos é uma prima distante da vítima.
Desesperada, a vítima entrou em contato Maria e Tibiriça Fatuch Leal, 58 anos, advogado Licenciado, amigo em comum da vítima. “Esse advogado disse para ela que não havia nada de ilegal”, contou o delegado, lembrando que o advogado também foi preso.
Conforme Laiola, o advogado da imobiliária, Edinaldo Linhares de Oliveira, 44 anos, preso em flagrante, também participou do crime. “Por inúmeras vezes tentou comprovar que as transações eram lícitas. Visando provar a legalidade da negociação, foram mostrados à vítima documentos em que os tios dela haviam transferido para Azevedo e Oliveira os terrenos. Entretanto, isso é impossível, já que ambos os tios da vítima faleceram em 1987”, contou o delegado.
“Há provas robustas de que todos estes presos se organizaram para lesar a vítima por várias vezes. A investigação está farta de provas de que estas pessoas formaram uma quadrilha para lesar em R$ 200 mil a vítima”, disse o delegado.
“Trata-se de uma sofisticada quadrilha que conseguimos prender e desmantelar. Todos foram autuados em flagrante pela prática dos crimes de associação criminosa, estelionato e uso de documento falso”, disse o delegado-titular da DEDC, Marcelo Lemos de Oliveira.Polícia Civil
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