quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Paranaguá / Rio Emboguaçu: Mau cheiro e peixes mortos podem indicar crime ambiental

o vereador Adalberto Araújo (PSB) esteve visitando moradores da Vila Santa Helena e Jardim Figueira, que há semanas vêm se queixando do cheiro forte e da mortandade de peixes na região, situação que se repete a cada operação de lançamento de dejetos no Rio Emboguaçu, pela estação de tratamento de esgotos da CAB – Águas de Paranaguá. adalberto
O cheiro tem causado mal estar em crianças e adultos, como é o caso da menor L.C.V., de 3 anos, segundo relato da mãe Carla Fernanda Rodrigues. “Muitas pessoas estão indo para a casa de parentes próximos, por causa desse cheiro e com medo que seus filhos fiquem doentes“, diz Carla, que mora próximo às manilhas onde a CAB escoa os dejetos.
Para o empresário Reginaldo Brites, cujo estabelecimento comercial localiza-se na margem do rio, “a situação está insuportável, nem as máscaras distribuídas aos funcionários estão amenizando o problema“.
Jurandir Cabral Martins, residente no Jardim Figueira, informou que fez um pedido junto ao IAP, sob protocolo n. 7025, mas que até o momento não obteve resposta nem recebeu a visita de nenhum funcionário daquele órgão.
Questionada por alguns moradores, representantes da empresa teriam dito que “o mau cheiro vem de empresas que atuam junto ao porto”, mas noutra ocasião, teriam admitido que “o problema se deve a uma máquina ‘quebrada‘“.
O vereador Adalberto Araújo e o repórter Márcio Soares percorreram os principais trechos do rio na embarcação do estivador e pescador Jadir Santos, e puderam registrar dezenas de pequenos peixes se debatendo ou já sem vida. Outros moradores chegaram a fotografar e a filmar o ocorrido, conforme publicações nas redes sociais.
Ainda na noite de terça-feira, o parlamentar informou na tribuna da Câmara que protocolizou um pedido de investigação e providências urgentes pelas autoridades competentes, entre elas as Secretarias Municipais de Saúde e de Meio Ambiente, Cagepar, IAP, IBAMA e Ministério Público. “Vamos acompanhar de perto esse caso, porque as famílias não podem conviver com essa situação, colocando em risco o meio ambiente e a própria saúde“, completou Adalberto.

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