segunda-feira, 7 de abril de 2014

Com produtos exclusivos, empresários acreditam no aumento das vendas na Copa

A cerca dois meses para o início da Copa do Mundo do Brasil, empresários do Paraná de diferentes setores se preparam para atender as demandas de clientes locais e estrangeiros durante o torneio.
Fabricantes de bonés, proprietários de bares e restaurantes e até artesãos criam produtos e serviços diferenciados apostando em um aumento considerável do faturamento antes, durante e após o evento.
"Para o Governo do Paraná, o importante é o fortalecimento da economia do nosso Estado. A Copa abriu diversas oportunidades como é o caso da cidade de Apucarana com a fabricação de bonés, já licenciados pela Fifa, e de Nova Esperança, que está produzindo os cachecóis da Copa", disse o coordenador geral da Copa no Paraná, Mario Celso Cunha.
Citada pelo coordenador, a cidade de Apucarana, no Norte do Estado, está fabricando o boné oficial da Copa. A empresa Boneleska foi escolhida pela Fifa para criar e produzir o boné. Com o formato do Fuleco, mascote oficial do torneio, o produto já está entre os artigos licenciados mais vendidos.
"A empresa passou por uma grande negociação com a Fifa e por adequações para cumprir uma série de exigências e ajustes para ser escolhida. Investimos constantemente em capacitação, inovação e tecnologia, mas para criar o boné da copa tivemos que desenvolver novos processos. Buscamos algumas soluções fora e criamos outras dentro da empresa", afirma a diretora comercial, Siumara Costa.
A expectativa inicial da empresa é vender 300 mil bonés em todo o país e 90 % da produção será destinada ao mercado nacional. "Porém, somos otimistas com a conquista do hexacampeonato pelo Brasil e vamos começar nos próximos dias a desenvolver bonés com esse tema", adianta. A empresa tem mais de 20 anos no mercado e trabalha há 15 na fabricação de produtos licenciados.
Siumara explica ainda que para atender a demanda a empresa contratou funcionários para a área de costura e aumentou em 20% o número de colaboradores. "O produto é muito artesanal. Usamos matéria prima e mão obra 100% nacional. A maioria dos insumos é fabricada em Apucarana mesmo".
A cidade abriga o maior polo de bonés do país. São mais de 500 empresas na cadeia produtiva que empregam 20 mil pessoas. Mais de 60% dos bonés fabricados no Brasil são confeccionados em Apucarana.
A Artisans foi um dos 99 empreendimentos selecionados pelo Sebrae para comercializar produtos nas cidades que receberão os jogos do mundial. Com o foco no público estrangeiro a cooperativa espera faturar R$ 250 mil.
"Todos os produtos da cooperativa tem Qr-code e etiqueta holográfica de numeração única que permitem a certificação on-line do produto e do ponto de venda. O display e a embalagem trazem a apresentação da cooperativa em sete idiomas - português, inglês, espanhol, alemão, italiano, francês e japonês", detalha o coordenador do projeto, João Berdu.
Além disso, a expectativa é a consolidação de novos locais de comercialização dos produtos. "A identificação de pontos de venda em cidades turísticas do Brasil vai permitir a produção contínua pela cooperativa, gerando renda adicional constante às cooperadas", acrescenta Berdu. A empresa foi criada em 2007 para agregar renda ao cultivo de bicho-da-seda de Nova Esperança e região. As artesãs também trabalham no cultivo da lagarta.
BARES E RESTAURANTES - Os proprietários de bares, restaurantes e casas noturnas preveem um aumento de 40% nas vendas durante o período do mundial. Eventos corporativos devem responder por parcela significativa do faturamento.
"Os empresários se prepararam, qualificaram funcionários para atender a demanda. A maior parte das datas estão fechadas com eventos para os dias de jogos", afirma Fabio Aguayo, presidente da Associação Brasileira de Bares, Restaurantes e Casas Noturnas do Paraná (Abrabar-PR). A entidade representa mais de 12 mil estabelecimentos na Capital e na Região Metropolitana e 47 mil em todo o Estado, responsáveis por 187 mil empregos com carteira assinada.
Em relação às contratações, o presidente da Abrabar explica que o setor vai aproveitar o ano do Mundial para recompor as perdas ocorridas, sobretudo em 2013, quando a inflação, a crise econômica, o início da lei seca e a tragédia da Boate Kiss, no Rio Grande do Sul, impactaram no faturamento dos bares e restaurantes, que demitiram de 10 a 20 % dos funcionários. "Estamos recompondo demissões. A previsão é de que haja aumento de 30 % no número de funcionários e a metade são efetivamente empregos novos".
BRASIL - No âmbito nacional, o setor de vendas de amendoim anuncia maiores investimentos, na certeza de um faturamento extra. O clima festivo do mundial de futebol faz a Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados (Abicab) projetar um crescimento de 30% no volume de produção de amendoins.
Segundo dados da entidade, 66% dos brasileiros consomem o produto em ocasiões de confraternização com amigos ao assistirem partidas de futebol. AE

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