quarta-feira, 16 de abril de 2014

Justiça condena acusados de assassinar delegado de Pontal do Paraná

Após 36 horas de julgamento, os dois acusados de envolvimento no assassinato do delegado de Pontal do Paraná José Antônio Zuba e do funcionário público Adilson da Silva foram considerados culpados. Paulo Roberto Pereira Quinta, conhecido como Paulo Tutancâmon, foi condenado a 46 anos de prisão em regime fechado, enquanto Francisco Di
ego Vidal Coutinho, o Russinho, teve decretada pena de 20 anos. As informações são do advogado de acusação do caso, Giordano Vilarinho Reinert.
Segundo Reinert, Paulo Tutancâmon foi condenado pela autoria de dois homicídios qualificados, formação de quadrilha armada, crime de resistência, porte ilegal de arma e furto qualificado. Já a “Russinho” não foi atribuída autoria nem coautoria do crime, mas ele irá cumprir pena por participação nos dois homicídios, formação de quadrilha e porte ilegal de arma.
A apreciação do caso, realizada no Fórum de Matinhos, litoral do estado, começou às 9 horas de segunda-feira (14) e terminou perto das 21h45 desta terça (15). No primeiro dia do julgamento, todas as testemunhas, de acusação e defesa, foram sido ouvidas. Após os depoimentos, o juiz, promotores, advogados e assistentes de acusação fizeram uma inspeção no local do crime, o camping Olho d’Água, e retornaram ao fórum.
No segundo dia, o julgamento foi retomado perto das 9h30 de terça. Os debates entre promotores, advogados de defesa e advogados de acusação ocorreram em duas etapas. Na primeira, defesa e acusação tiveram, cada uma, duas horas para defender suas respectivas posições. Na segunda fase, as partes tiveram mais 1h30 cada para a réplica. Apenas depois disso é que houve previsão de análise do caso pelo júri.
Relembre o caso
Em agosto de 2010, o delegado Zuba recebeu uma denúncia de que havia homens armados em duas barracas no camping Olho d’Água. Ele se dirigiu ao local com Adilson da Silva e as investigadoras Luiza Helena Santos e Noeli de Fátima Avine. Quando se identificou, falando que era policial, Zuba foi baleado.
O delegado estava sem o colete à prova de balas. Segundo as investigadores, os outros bandidos já saíram atirando com duas pistolas na mão. Adilson também foi atingido.
Os quatro criminosos renderam Luiza e Noeli. Elas foram ameaçadas e, segundo a polícia, tiveram de implorar para não morrer. Segundo elas, um dos bandidos ainda deu mais um tiro na cabeça de Zuba quando ele já estava no chão. Os criminosos as libertaram e fugiram em dois carros com placas do Rio de Janeiro.
Coutinho, preso no dia da morte de Zuba, disse em interrogatório que o grupo faz parte de uma facção criminosa do Rio de Janeiro. Outros dois suspeitos da morte do delegado morreram em confronto com a polícia em 2010 e eram fugitivos do presídio de Bangu, no Rio de Janeiro.

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